Pimentas Benefícios para a Saúde e Curiosidades
- Patricia Ferreira
- 3 de abr. de 2015
- 4 min de leitura

Benefícios da pimenta para a saúde Além de apreciada, por muitos, como tempero, começou-se a entender que pimenta é saudável e também pode ser usada como medicamento. Em sua composição, ela apresenta vitaminas, propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. Para os amantes da medicina natural, a pimenta é usada para aliviar dores de dente, de cabeça e estômago; controla os níveis de glicose no sangue; aumenta a capacidade pulmonar e ajuda no tratamento da rinite alérgica. Pesquisas recentes feitas na Faculdade de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) constataram que a pimenta é capaz, até mesmo, de diminuir riscos de doenças cardiovasculares. Outra boa notícia, é que a pimenta ajuda na obtenção da boa forma do corpo, já que ela possui uma substância que acelera o metabolismo e diminui a sensação de calor. Com a aceleração do metabolismo, o corpo fica quente e equilibra a temperatura externa e interna.
Recentemente, a cidade de Morisset, localizada a 120 quilômetros de distância de Sydney, na Austrália, entrou para o livro dos recordes e o motivo é de fazer chorar. A cidade destacou-se por lá ser cultivada uma qualidade de pimenta que, atualmente, ocupa a primeira colocação entre as mais ardidas do mundo. Trata-se da pimenta Trinidad Scorpion Butch T, que atinge, segundo a escala Scoville, 1.107.000 de pungência(ardência). Comê-la? Nem pensar! Normalmente, por ser extremamente ardida, seu uso tem sido muito direcionado para a fabricação de molhos e sprays de pimenta para a proteção individual ou policial. A variedade necessita de aproximadamente 12 meses para se desenvolver plenamente até estar pronta para ser colhida. Seu trato cultural necessita de cuidados especiais por parte de quem as cultiva, pois um simples toque na pele pode provocar, nas pessoas mais sensíveis, ardências e queimaduras, em outras pode causar irritação nos olhos, só de chegarem próximo aos campos de cultivo. Portanto, aconselha-se o uso de equipamentos especiais como luvas, óculos de proteção e outros. Curiosidades sobre as pimentas Pertencentes à família Solanaceae, gênero Capsicum, as pimentas contam, atualmente, com 27 espécies catalogadas. Sua principal característica é a sensação de ardência quando consumidas ou, em alguns casos específicos, até mesmo quando tocadas. A grande causadora dessa pungência é a capsaicina, substância sem cheiro, sem sabor, responsável por estimular as células nervosas encontradas na boca, o que provoca uma ardência insuportável. A capsaicina nada mais é que um composto químico formado por capsaicinoides, produzidos nas glândulas da placenta da fruta. Curiosidade muito interessante e diferente do que muitos pensam, as sementes não são a fonte de ardência das pimentas, o que ocorre na verdade é que elas acabam absorvendo a capsaicina, por estarem muito próximas à placenta, única parte da planta capaz de produzir essa substância. Quem já passou pela experiência de comer uma pimenta relata que a sensação, após ingeri-la, é de como se a boca estivesse pegando fogo. Muitos afirmam não ter gostado da experiência, negando-se a repeti-la. Já outros afirmam não ter sido tão ruim e que seriam capazes de comê-la novamente, desde que em outro momento. Diante disto, podemos dizer que comer pimenta é para aqueles que gostam de fortes emoções! Beber chá ou qualquer outro tipo de líquido de nada adianta para aliviar a ardência das pimentas. Muito pelo contrário, esses líquidos expandem a sensação de ardência. Somente a ingestão de leite ou óleo ou, ainda, comer um pedacinho de pão é capaz de diminuir a sensação de ardência deixado na boca. Níveis de ardência das pimentas Os níveis de ardência das pimentas dependem de fatores ambientais e genéticos, como a variedade, o clima de onde são cultivadas, a idade da fruta, entre outros. Para classificar o grau de ardência das pimentas, usa-se, desde 1912, a escala de Scoville, nome foi dado em homenagem ao cientista e farmacologista Wilbur Scoville. Na escala de Scoville classifica-se quantas partes de água são necessárias para diluir uma determinada porção de pimenta, até que ela não arda mais. Em resumo, a escala Scoville faz os cálculos de quantas mil xícaras de água são necessárias para diluir 1 xícara de pimenta, por exemplo. No caso da famosa malagueta, seriam necessárias 60.000 xícaras de água para acabar com o seu ardor, visto que é detentora de 60.000 unidades Scoville. Atuação das pimentas na culinária Além da ardência, a pimenta possui cores e sabores para decorar os mais diversos pratos culinários. Constata-se, atualmente, que ela está presente na culinária de diversos países e são utilizadas nas mais diversas formas: cruas, cozidas, secas, em saladas, fritas, entre outras. Seu uso na culinária destaca-se principalmente no México e na Índia, mas também é comum o seu consumo na Coreia, Indonésia, Nepal, Tailândia, Turquia, e outras. Pimentas campeãs de ardência segundo a escala Scoville Mas, surge então a pergunta que não quer calar: qual é a pimenta mais ardida do mundo? A maioria das pessoas, quando indagadas aqui no Brasil, responde que é a pimenta malagueta, muito popular no país. No entanto, está errada a resposta. Talvez essas pessoas ainda não tiveram oportunidade de conhecer ou talvez saborear pimentas, como a 7 Pot Barrackpore, Naga Morish, Bhut Jolokia, Trinidad Scorpion, Schoth Bonnite, Butch Taylor e Moruga. Estas sim, são algumas das pimentas de maior pungência do planeta. Fontes: Mundo Estranho/Abril, Dave DeWitt, especialista em pimentas, Martin Bensinger, químico da Universidade do Novo México, e Dicionário Gastronômico: Pimentas, de Nelusko Linguanotto Neto; Rede record, abril, globo rural, g1.globo.com, pimentas online.
Por Silvana Teixeira -
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